quinta-feira, 12 de maio de 2016

ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO - 6°ANO

Leia o texto a seguir.
A cabra
  Sexta-feira, houve a maior confusão no colégio. Vítor Luís, não sei como, conseguiu entrar com uma cabra no colégio. Acho que aproveitou uma batida na rua e o guarda e o porteiro foram espiar. Quando o pessoal deu acordo a cabra tava dando bom-dia: Mé... Mé... Mé...
  Foi o maior barato, uma tremenda curtição! ... a turma da pesada aproveitando para fazer a maior bagunça do século... Vítor Luís, muito na dele, dizia que era pra comer o mato do morro, que a diretora vivia se queixando que não tinha quem cortasse... A cabra estava até prestando um favor. Pra outros, dizia que o professor de Ciências tinha mandado levar uns bichos. A cabra não era um bicho? ...
  E tudo no meio da maior confusão. Os professores que já tinham subido com as turmas não sabiam se davam aula ou se deixavam os meninos dependurados na janela, olhando as jogadas da cabra. O que sei é que não houve um professor com moral bastante pra botar a turma em silêncio. Também pudera! A cabra, muito na dela, em vez comer o mato, estava mais é comendo a grama do canteiro recém-plantado. E fazia isso muito séria e compenetrada. Quando o jardineiro viu, quase deu ataque. Todo mundo pensou que fosse ter uma coisa, de tão vermelho que ficou. “Logo agora que a grama estava começando a pegar! ...” Os coordenadores não sabiam se se ocupavam da cabra, se acudiam o jardineiro, ou se faziam as outras turmas e os professores subirem. Vítor Luís nem parecia que a cabra era dele, estava só na gozação... Afinal o jardineiro deu tanto escândalo que a cabra acabou subindo pro morro depois de olhar para trás, com a maior dignidade. A diretora, em vez de tomar providências, só fazia perguntas: “Quem é o dono da cabra? ...” Como se alguém fosse delatar... Os garotos curtiam o espetáculo cada um no seu grupo. Sebastião: que pena que todo dia não dá cabra no colégio... vi que toda a turma estava feliz. Ninguém sabia a lição de Estudos Sociais. Afinal, alguém mais afobado ou mais enxerido chamou o Corpo de Bombeiros. Acho que foi o inspetor Antônio, que é metido a tomar providências.
  Nessa altura, a cabra tinha subido para o alto do morro e estava escondida no mato, no começo da pedreira.
  Quando chegaram os bombeiros, a diretora dizia: “Mas quem chamou os bombeiros?!... Meu Deus, que escândalo! Amanhã é capaz até de aparecer nos jornais! ...”
  Dois bombeiros subiram e voltaram com a cabra, amarrada com uma corda. E agora pra saber o dono do bicho? Não vê que apareceu... Acabou que os bombeiros é que levaram a cabra, vai ver que até gostaram da história. À noite, Vítor Luís é que teve que se virar para dar contas da cabra... Parece que o negócio não foi tão divertido como de manhã... Em vez de cabra, deu zebra.
Maria Alice do Nascimento e Silva Leuzinger. O diário de Marcos Vinicius. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.


ATIVIDADES PARA INTERPRETAR

1- Dos fatos abaixo, assinale aqueles que o narrador não afirma com toda  certeza:
(   ) Quando aconteceu o fato.
( x ) Como o menino conseguiu entrar com a cabra no colégio.
(   )  Onde aconteceu o fato.
( x)  Quem chamou os bombeiros.
(   )  Onde a cabra se escondeu.
( x ) Um acidente automobilístico na porta do colégio.

2- Vítor Luís apresentou duas razões para justificar a presença da cabra na escola. Quais? R- A cabra comeria o mato do morro.
O professor de ciências tinha mandado levar uns bichos.

3- Por que o jardineiro quase sofreu um ataque?
R- O jardineiro quase sofreu um ataque porque a cabra estava comendo a grama recém-plantada.

4- Durante a confusão, qual foi a atitude de Vítor Luís?
R- Vítor Luís fingiu que a cabra não era dele e zombou da situação.

5- “Afinal, alguém mais afobado ou mais enxerido chamou o corpo de bombeiros.”
a- Qual foi o primeiro suspeito? R- O inspetor Antônio.

b- Por que suspeitaram logo dele? R- Porque ele era metido a tomar providências.

6- O narrador atribui à cabra duas características humanas: seriedade e dignidade. Copie os trechos do texto que justificam essa afirmativa: R- Seriedade: “E fazia isso muito séria e compenetrada.
Dignidade: “(...) a cabra acabou subindo pro morro, depois de olhar para trás, com a maior dignidade”.

7- Vocabulário
“Como se alguém fosse delatar...” O verbo em destaque na frase significa:
( x  ) denunciar, acusar;          (   ) falar, dizer;

(   ) alargar, distender;           (   ) relatar, contar;

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